Estava em cartaz a maior ópera contemporânea itinerante do mundo. No fértil palco do Cirque du Soleil até o “gordinho parrudo” que encabeça o humor em Varekai, é
musculoso e durinho. Além de arrancar risos da platéia costurando as
diversas performances, com figurino lembrando o de um pássaro, ele
reveza a parte cômica do espetáculo com o casal em que uma charmosa
rechonchuda ganha a cena e a simpatia do público. O cenário é um fértil
passeio pelo interior de um vulcão, onde ágeis e coloridos personagens
habitam uma floresta misteriosa e se movimentam em estruturas aéreas e
subterrâneas.
Assim é Varekai, o espetáculo do Cirque du Soleil que encerra hoje na capital gaúcha.
Sons
da cidade e da natureza mesclam-se e são a trilha do espetáculo. A
mágica mistura da modernidade performática com a singela alegria do
picadeiro. Tensão na plateia. Explosão de aplausos. O show acaba de
começar.
De asas sem limites de espaço e de movimento, desce o anjo. Andrógeno, lascivo e lânguido. (de branco)
Pra quem não conseguiu assistir ao vivo, vá na próxima. A música ao vivo da orquestra, a sintonia e amor deste grupo, o profissionalismo e excelência no assunto espetáculo não é à toa: não existe nada igual neste mundo. Fica a mensagem de aceitação do diferente, de amor pela vida, e de que nunca nos falte energia para tentarmos realizar o que parecia impossível. Um salve!
Fotos amadoras da minha destemida irmã, Isadora Bertolucci.
Nenhum comentário:
Postar um comentário