quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Walkman 80/90

1973 é o nome de uma música que é uma graça do James Blunt. Além disso, nesse ano em um também fatídico 11 de setembro que o general Augusto Pinochet depõe e assassina o presidente chileno Salvador Allende. Chega ao fim a Guerra do Vietnã e cai o ditador espanhol Francisco Franco. Bem no inicio do ano, no dia 14 de janeiro, acontece o primeiro show de música transmitido via satélite do Elvis Presley no Havaí. Pink Floyd edita The Dark Side of the Moon e Secos e Molhados lança o primeiro disco. Se Londres, Elton John apresenta Goodbye Yellow Brick Road, no Brasil, é o ano em que Raulzito fez todo mundo preferir ser uma Metamorfose Ambulante.1973 também foi o ano em que eu nasci. Bom, eu me chamo Mariana. Não lembro bem onde, mas já plantei uma árvore, tenho uma filha chamada Antônia e escrevi um livro de crônicas. Eu gosto da Rita Lee, do Balão Mágico, do Caetano, do Chico, dos Rolling Stones, da Madonna, do Kid Abelha e do Cazuza. Sou cara pintada, não votei no Collor, gosto de arte, de inventar moda e de contar histórias. A minha vida é muito mais divertida se eu estou perto de gente bacana, batendo papo com meus amigos em lugares em que eu fico a vontade. Sou jornalista por vocação, bailarina por opção e feliz por natureza. Já não entro mais em filas e desvio de lugares lotados. Cansei um pouco de só ver e ser vista. Tô mais para simplesmente rir e ser feliz do jeito que me sinto bem. Corro de Ipod, mas sinto saudades de gravar fitas para caminhar na Assunção com o meu walkman amarelinho. A gente não tinha celular, nem e-mail, mas um monte de vontades. Essas palavras cheias de nostalgia e de vida são pra te convidar para a Walkman 80 & 90. Um encontro no Faro, onde a gente pode fazer um pouco de tudo isso todas as sextas-feiras à noite e ainda ouvir New Order, Blitz ou David Bowie.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Carta de amor para quem ama


Meu amor,


Como é pleno ter a quem chamar assim. Segura e naturalmente, com a doçura e zelo que só quem ama de verdade é capaz de colocar na voz ou nas palavras. O que escrevo já foi dito, redito, prometido, reprometido, sempre com a intenção de dar mais uma chance a nós nesse novo ciclo que estamos nos propondo a viver. Mais uma tentativa de nos reinventarmos em dupla. Te confesso que essa última me parece mais dificil. Como tendem ser as próximas. Porque o tempo é implacável e além nos roubar toda a leveza da infância e a ousadia da adolescência, nos tira também a paciência, a graça, os impulsos, a intensidade dos arrepios. O que não podemos deixar fugir de nós é a capacidade de ter esperança.

Assim como as pessoas, o amor e o relacionamento também envelhecem.  Como os cabelos, os olhos, a pele e os músculos. É preciso maquiagem nova para disfarçar incertezas, cores e formas para surpreender, cremes potentes para eliminar o medo da traição, da mentira, do desrespeito. Um peeling milagroso que arranque das entranhas a insegurança. Sempre o início de todo o fim. Como um corte de cabelo radical, que a faça se olhar no espelho e pensar que as próximas horas vão rolar de um jeito diferente e melhor. 
O que fazer com o fato de que as pessoas não podem e nem aguentam serem propriedades umas das outras, se não aceitá-lo? Todas as pessoas são diferentes. Cada uma delas tem suas particularidades, necessidades e movimentos próprios em relação ao outro e aos outros. Mas ninguém é tão diferente assim que não sinta vontade de estar perto de outras pessoas, se divertir, trocar idéias, quem sabe sentir desejo por outro alguém. 




No relacionamento é preciso deixar a vaga livre para essas sensações porque em algum momento da nossa história de amor, hão de acontecer congestionamentos afetivos e sexuais. Que não acontecem a toda a hora com gente que ama. Apesar de perigosos, esses momentos são os responsáveis pelos novos ciclos daqueles que ainda querem ser felizes juntos. Servem para a gente se conhecer mais, para nos tornarmos mais fortes, seguros, cúmplices e certos das nossas escolhas. 
Ou não.
O que um sente, ou faz, vai acabar respingando no outro. O amor só é bom quando ele é milimetricamente bilateral. 
No convívio, na rotina, na cama, na hora de gostar de conversar, de aprender, de rir, de chorar e de cuidar. 

O amor só é bom no instante em que se tem a absoluta convicção de que se está com quem se quer estar. Se a gangorra pende pra um dos lados, em vez de a brincadeira ficar mais divertida, o amor tropeça.

Antiguidade, velharia ou cópia?

Idealizador e membro fundador da Associação dos Antiquários do Rio Grande do Sul, André Guarisse ensina em um curso de três dias a conhecer as peculiaridades dos três tipos de peça: antiguidade, velharia ou cópia. Quem participar vai aprender como os objetos devem ser avaliados na hora de comprar ou vender uma peça. André Guarisse vai ministrar as aulas nos dias 14, 15 e 16 de março, de quarta a sexta-feira, sempre às 19h30min. As inscrições até o dia 7 de março custam R$ 198 e R$ 178 para professores e estudantes.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Aula de arte

O Museu do Trabalho oferece uma série de cursos muito bacana a partir do mês de março. Paulinho Chimendes comanda o curso de litografia. A partir do dia 6, sempre às terças ou quintas, das 14h às 17h. Glaé Macalós é a professora da técnica gravura em metal, que também começa a partir de 6 de março, às quartas-feiras, das 14h às 17h. Ensinar a como fazer xilogravuras é tarefa para Graziela Salvatori, também às quartas, no mesmo horário. O artista plástico Caé Braga é quem ministra as aulas de escultura. Sempre às terças, das 14h às 18h. Serigrafia é a arte de Fernando Sefrin. São 12 horas/aula também com início marcado para o 6 de março e os horários à combinar com o professor. Mais informações e inscrições no telefone (51) 8414-2684.




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Improvisação

Quinze vagas para os interessados na técnica de Contato e Improvisação estarão disponíveis a partir de março na Casa de Cultura Mário Quintana. As aulas gratuitas serão sempre as sextas-feiras. A inscrição é feita por meio de uma carta de intenção até amanhã, dia 23 de fevereiro para o email alessandrorivellino@hotmail.com . Haverá Jam toda sexta à noite, também aberta ao público.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

"Eu vivo disso"

Todos necessitamos almejar algo com urgência. Tipo duma dose de gasolina humana. Um motivo para o cara estar ali de pé todos os dias fazendo o que tem que fazer e ainda por cima se sentindo razoavelmente feliz. Com a pilha sempre em dia. Subindo vitorioso no seu pódium imaginário da vida. Que nem o ursinho e seu vibrante tambor da propaganda da Rayovac. Para uns o desejo de cumprir pode estar no trabalho, no estudo, no sexo. Muitos só encontram o alívio nas dependências químicas ou psicológicas. Tantos outros extravasam suas tensões devorando o que tiver pela frente. Toda a energia pode estar também no zelo das pessoas uma pelas outras. Um filho, um homem ou uma mulher. Há que dividir essas atenções. Encontrar o equilibrio é quase mais complicado do que a tal da dona endorfina. Para Done Ivone Lara, é o samba a paixão que move seus 90 anos. No mesmo carro alegórico da homenageada da Império Serrano que batalha para voltar ao Grupo Especial do Carnaval carioca, estavam baianas que não podem mais desfilar. Elas adentraram a avenida sentadas em imponentes cadeiras, todas impecáveis e devidamente abastecidas de largas doses de emoção e felicidade. É mais ou menos uma história assim, como a dessas senhoras, que faz a diferença entre as pessoas. Há de se desejar chegar a algum lugar. Viver por um motivo a mais do que apenas juntar papeis, amontoar bens materiais ou procriar. Aí quando se perde ou se decide livrar de uma compulsão, que por uma ilusão parece ser o motivo para atravessar com alento os dias e as noites, é preciso trocar por outra dose de gasolina emocional. Seja ela qual for. Como quem para de fumar e começa a correr, quem perde uma pessoa e começa a beber, quem termina um casamento e começa a viajar, fazer dança flamenca ou estudar astrologia. Um tipo de troca que Whitney Houston, apesar da sua fama e talento e admiração do mundo inteiro, não teve forças para fazer. Outra saída é simplesmente retomar. Como Carlinhos de Jesus depois do desfile da mesma Império Serrano, em um emocionante depoimento, que tive a sorte de assistir ao vivo no SBT, no sábado de Carnaval: “Eu tô aqui, é aqui onde está toda a minha vida profissional por 51 anos. Há exatamente três meses, bem nessa hora, recebi o telefonema (quando soube do assassinato do filho). Tenho que encarar, viver, desfilar, aqui o meu coração chora de saudade e ao mesmo consegue ainda estar feliz. Eu vivo disso”. Como bem disse Guimarães Rosa, "....o que a vida quer da gente é coragem".

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Grito sem paciência

Eu já cansei há anos de ouvir duas coisas que minha mãe não cansa de me dizer. Uma é “fala baixo, criatura”. A outra é “que guria sem paciência”. Ela tem razão. Até porque eu não acho nada agradável estar perto de pessoas que berram espaçosas em qualquer lugar que estejam, me nego a admitir que ajo todo o tempo assim. Sim, meu tom aumenta dependendo da indignação que sinto pelo assunto que está em pauta. Sobre ter paciência. Eu acho que me falta mesmo paciência para entender e aceitar ainda muitas coisas. Isso nitidamente me tira um pouco do meu estado normal. Quando acontece, minha voz sai com raiva descontrolada e alta, como se o tom maior e repulsivo fosse eliminar todo o sentimento ruim que determinadas situações a que somos expostos e obrigados a testemunhar todos os dias. Como a morte de mais uma criança atacada por cachorros Rotveiler ou Pitbull ontem. Gustavo tinha cinco anos e foi brincar na casa de outra criança em Capão da Canoa. Provavelmente, se aproximou do cachorro, que mesmo amarrado, avançou feito um demônio e o mordeu tanto que ele sobreviveu apenas mais algumas horas. Aí me falta paciência para o tanto de opinião descabida sobre proteção aos animais, ou que os meios justificam os fins, que todos são dóceis em princípio e que só precisam ser tratados com carinho. Essas raças são perigosas, matam pessoas e isso não é normal. Cachorro criado para matar. Sem mais, disse a minha amiga @perecila no Twitter. Quem faz questão de ter essas raças que crie numa jaula, de preferência com um cantinho para si próprio. Porque pensar nisso e nas pessoas que são assassinadas e perseguidas por homofóbicos ou ainda por filhinhos de papai que, em grupo, espancam mendigos. Desses igualzinhos aos que vemos exibindo orgulhosos seus pitbuls e rotveillers e suas massas por aí. Isso realmente aumenta meu tom de voz, me descontrola e me tira a paciência. Sorte da dona Dedé é que ela está na praia e eu em Porto Alegre. Em vez de gritar nos ouvidos da minha mãe, dou voz às minhas palavras e escrevo agora um berro histérico para quem possa ler e ajudar: Como é possível que isso aconteça ainda? Sem punições maiores para os responsáveis? Sem pensar em restringir e por que não acabar com essas raças miseráveis. Bom, o que eu penso de verdade sobre o que deveria acontecer com raças de cães e “seres humanos” letais e descontrolados é melhor eu nem escrever gritando por aqui. Seria berrar demais aos olhos de vocês.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Baila, baila, baila

Quem sempre sonhou aprender a dançar tango e sair bailando o ritmo caliente já pode transformar sonho em realidade. A Casa do Estudantes da UFRGS convida para oficinas gratuitas de tango na Avenida João Pessoa, 41, em frente ao prédio de direito da UFRGS. As aulas já estão acontecendo e se realizarão durante todo ano sempre às segundas-feiras, às 14h30min e sábados às 18h. Quem comanda as aulas é o professor argentino Daniel Carlos. Mais informações pelo telefone (51) 9911-1822 ou pelo e-mail tango.poa@gmail.com.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ainda dá pra ter um Samba no Pé

Com seis coleções no currículo, a Samba no Pé instalou desde o finzinho do ano passado uma charmosa flagshop no Moinhos Shopping que fica aberta até 5 de março. A estilista Greice Boff propõe para o Verão 2012 uma moda praia que conversa com todos os estilos, uma das características da marca gaúcha. A coleção deste ano tem modelagens mais amplas. Os geométricos vêm em tons neutros e mais básicos. Já os tecidos florais ganharam cores e combinações mais intensas. A coleção de Greice, este ano, não segue nenhum tema específico além de agradar uma mulher atenta aos sinais da contemporaneidade sem deixar de lado um vestir básico, simples e clássico. Sempre com tecidos leves, ainda mostra lindas peças praia com desenhos tribais, estampas exclusivas de grafites. Ficou curiosa? Ainda dá tempo. O quiosque da Samba no Pé segue a linha básica, requintada e  despojada da marca com madeira, plantas e o muita cor.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Quando eu te der um sorriso, tu me dá um beijo

Na próxima segunda-feira, dia 13, Claus e Vanessa, vão estar com sorriso de orelha a orelha na venda em massa de seu CD Fnac do Barra ShoppingSul. A dupla gaúcha acaba de chegar de Portugal onde fizeram o maior sucesso. Gravaram um programa da Rede Record no Mirante Santa Luzia de Lisboa com uma galera que parecia de brasileiros com o repertório na ponta da língua. A visita a capital lusitana foi para divulgar o DVD que está sendo lançado por lá pela Vidisco. Aqui no Brasil, é a gravadora Som Livre que distribue os trabalho do querido casal de músicos nas melhores lojas do ramo. O encontro da próxima segunda vai ter pocket show e sessão de autógrafos.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Imersão andaluza

Batizado de Viagem Cultural à Espanha,Sevilla Flamenca, o pacote turístico direcionado a estudantes de dança flamenca, busca tudo sobre esta arte na cidade mais importante para seu surgimento:  Sevilha. Uma viagem igualmente fascinante para quem ama a cultura espanhola e a música flamenca. O roteiro inclue shows e espetáculos do gênero, passa por Madrid e segue para Sevilha, onde haverá um curso de dança flamenca de duas semanas exclusivo para o grupo. Quem está organizando a imersão flamenca junto a STB Viagens é a bailarina e professora gaúcha Silvia Canarim, que está de novo site, assinado por Adriano Ferreira http://silvia-canarim.com.br. A partir da próxima segunda, de 13 a 16 de fevereiro, Silvia ministra o curso de Escobilla por Alegrías. Também dirigido a novos estudantes que tenham experiência mínima de um ano de dança flamenca. O curso será realizado no Naira Nawroski Centro de Artes Integradas, sempre das 19h às 20h.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

União europeia

A convite do StudioClio e da Aliança Francesa o jornalista francês Daniel Vernet vai falar sobre o estado atual da União Europeia. Vernet é ex-diretor de redação do Le Monde, autor de livros e especialista em relações internacionais. O jornalista cobriu nos últimos anos cobertura jornalística e análise das principais questões políticas que envolveram a União Europeia. O encontro é hoje, dia 8, às 20h no Studio Clio. Informações pelos telefones (51) 3254-7200 ou (51) 3222-6070.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Mercado da cultura

De olho no mercado cultural de hoje Dedé Ribeiro divide em sala de aula tudo que aprendeu com sua experiência em projetos e culturais aos alunos. A jornalista e produtora cultural aborda as principais técnicas de gestão de espaços e projetos culturais. O curso ensina como produzir eventos culturais, da concepção estratégica até a finalização, passando por formatação de projetos, leis de incentivo à cultura, orçamentos, mídia e divulgação. Ainda participam dos encontros, Baumgarten e Luiza Pires o, Luiza Pires. Anota as datas aí, amanhã e nos dias 8, 9 10, 14, 15, 16 e 17 de fevereiro, sempre de terça a sexta-feira, das 9h30min às 12h30min. Para mais informações entra no site do Studio Clio.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Fazer como deve ser feito

Escrever é que nem sexo, atividade física ou falar outro idioma. Quanto mais se pratica, mais se sente a necessidade quase vital de fazer. Quem, por circunstâncias momentâneas da vida, deixa de ter disciplina ou sorte para seguir praticando tanto a escrita ou o inglês, quanto o sexo e os exercícios, vai habituando-se à situação, e segue o baile. Nunca vi ninguém morrer apenas pela falta de alguma dessas habilidades. Cada vez que eu paro um período de escrever, retomo com angústia a procura não tão simples pela disciplina dentro de mim. Intervalos que podem durar 15 dias ou dois meses e que só complicam o processo. É também o empenho em fazer da vida aquilo que lhe alimenta a alma. Um desafio quase banal perto dos acontecimentos dos últimos dias, em que desabam prédios por irresponsabilidade e ganância, um músico leva cinco tiros do vizinho por causa de uma dívida e a gente só presta mais atenção porque era alguém conhecido. Notícias bem parecidas são publicadas todos os dias. Mais um marido nervoso mata a mulher e se mata depois, outro ministro cai e quase cem pessoas morrem em tumulto num estádio de futebol no Egito. Além das corriqueiras falcatruas políticas que já nem escandalizam mais.  Por aqui se fala muito em como será possível sediar uma Copa do Mundo. Já em 26 lugares de Tóquio são realizados treinamentos com 10 mil japoneses contra um provável novo tremor. É o que passaram a anunciar os cientistas depois do tsunami de março do ano passado. Segundo eles, a probabilidade de um tremor de intensidade 7 é de 70% nos próximos quatro anos. Eu não queria ter nascido japonesa. A minha filha com olhos de gueixa já me encanta o suficiente. Mas como é possível um país não conseguir se organizar para erguer uma infra-estrutura de Copa do Mundo em mais de quatro anos, enquanto o outro se prepara, trabalha e treina para o momento de ser destruído brutalmente pela força da natureza? Sem opção de escolha, orçamentos, licitações, planejamento, sem reuniões ou direito a voltar a fita. Sem tempo para pensa em tirar vantagem. Caso ocorram, os atrasos e as burocracias que podem levar a Copa no país do futebol a ser um vexame planetário, eles acontecerão pelos mesmos motivos egoístas dos empresários que derrubaram colunas estruturais do prédio no centro do Rio. Exclusivamente para ampliar espaços e lucros de poucos. Ao mesmo tempo em que eu acho muito difícil a população brasileira ser beneficiada e não lesada, me recuso a não acreditar nas pessoas. Ainda acho que o Rio de Janeiro continua lindo e tenho fé na alegria e no jeito amoroso de gente comprometida e íntegra para simplesmente fazer como deve ser feito. Pelo suficiente motivo que é assim que tem que ser. Mais ou menos como a resignação dos japoneses. Um compromisso só seu com a sua disciplina e consciência de andar em linha reta, de ser leal e de não fazer sofrer ninguém por seus instintos mais egoístas e particulares. Sem chance de engatar a ré. Não dá para dar só uma roubadinha rápida. É que nem trair só um pouquinho ou estar meio grávida. Já que a minha greve com as palavras acabou no meio da madrugada, dei de cara com uma sábia Bibi Ferreira falando de seu maior arrependimento: “De ter despachado minhas sobrancelhas”. Merece cada aplauso que recebe.